Julho das Pretas encerra atividades com roda de conversa sobre ancestralidade da mulher negra

Por: SUPCOM - Superintendência de Comunicação de Lauro de Freitas
Sexta, 25 de Julho de 2025 às 17:05

Julho das Pretas encerra atividades com roda de conversa sobre ancestralidade da mulher negra

Foto: Tiago Pacheco


A Prefeitura de Lauro de Freitas realizou uma roda de conversa sobre ancestralidade da mulher negra, com o tema: “Quem sou eu na linhagem das que vieram antes? ”. O evento abriu um espaço de escuta, troca e fortalecimento, no Dia Internacional da Mulher Negra Latino Americana e Caribenha, celebrado nesta sexta-feira (25/7).
 
A ação que acontece por meio da Secretaria Municipal da Mulher, Políticas Afirmativas, Direitos Humanos e Promoção da Igualdade Racial (SEMPADHIR), recepcionou mulheres em toda sua diversidade nesta sexta, no Parque Shopping Bahia. 
 
Essa ação faz parte do Julho das Pretas, uma campanha com o objetivo de celebrar e fortalecer a luta das mulheres negras, destacando suas conquistas e protagonismo, além de promover a discussão sobre suas múltiplas opressões e desigualdades. Estiveram presentes na mesa de diálogo mulheres com destaque e relevância na gestão pública, empreendedorismo, educação, dança, religiosidade, segurança pública e outras áreas de saberes.
 
Para a subsecretária da SEMPADHIR, Cláudia Gomes, a ação encerra com chave de ouro as ações do Julho das Pretas. “Esse momento é um culto a ancestralidade e um espaço para falar de racismo, violência de gênero e outras pautas importantes que atravessam a história de muitas mulheres negras. Neste mês, tivemos a Conferência das Mulheres, capacitações, rodas de conversa e essas programações são uma honra para a pasta”. 
 
Entre os depoimentos emocionantes, Rosa Galvão, da Guarda Municipal de Lauro de Freitas, honrou sua ancestralidade e a força de mulheres como sua mãe e avó na sua criação. “A minha força e voz vem da luta de mulheres como a minha mãe, Lúcia, e a minha avó, que me ensinaram a força transformadora do trabalho”, destacou. 
 
Jessica Neves, de 31 anos, falou da importância do debate. “Este é um evento significativo, pois dá oportunidade às mulheres de falaram sobre suas vivências e histórias, com destaque as questões familiares e a ancestralidade de quem nos formou. Todos somos gerados por mulheres e esse legado de cuidado precisa ser valorizado”, disse a moradora do bairro de Portão e integrante do Terreiro São Jorge Filho da Gomeia.
 
Este dia é um marco de luta, resistência e valorização das histórias e identidades das mulheres negras de toda diáspora e o encontro busca fortalecer os laços entre gerações, reafirmar memórias e exaltar o protagonismo das mulheres negras na construção de um presente mais justo e de um futuro mais igualitário. O evento contou com a presença do projeto pedagógico "Malêzinho", do bloco afro Malê Debalê, conhecido por suas atividades culturais e sociais. Entre eles Morena Moara, de 11 anos, rainha do "Malêzinho", em 2023.
 
Nesse encontro, mulheres negras compartilharam suas histórias, saberes e experiências, resgatando a memória e celebrando suas raízes.  O evento foi um momento de celebração da potência ancestral.